segunda-feira, 15 de maio de 2017

Diretor do Hospital Dr. Agostinho Neto pede confiança à população


O Hospital central da Praia, Hospital Dr. Agostinho Neto (HAN), é a maior unidade hospitalar de Cabo Verde. Está localizado na rua Borjona de Freitas, Plateau. É uma entidade pública, sob superintendência do Ministério da Saúde e presta serviços a uma população residente de cerca de 153.735 habitantes.   HAN tem sido alvo de muitas críticas por parte da população. O diretor da      instituição em causa, Júlio Andrade, fala sobre as iniciativas do hospital, no  sentido  de erradicá-las ou    minimizá-las.
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Júlio Andrade
 
Vivi MásQuais têm sido os maiores desafios aqui no HAN?
Júlio Andrade – O hospital tem sempre vários desafios, por se tratar de uma estrutura que exige desafios permanentes. Temos por exemplo, o desafio da melhoria da prestação dos cuidados de saúde, que é sempre um dos grandes desafios, porque a medicina evolui de uma forma muito rapidamente e as respostas têm de ser adequadas a cada uma das situações.
Temos também o desafio da formação do pessoal, do investimento em tecnologias de respostas a infraestruturas. Temos portanto grandes desafios, o que vai implicar alguns constrangimentos, porque nós não temos recursos de facto para dar respostas às novas necessidades em relação às demandas da população.

VM – E em relação à sustentabilidade do Hospital, o que pode nos dizer?
JA – Este é mais um dos desafios que temos. Com os custos cada vez mais elevados da prestação dos cuidados de saúde, nomeadamente, em relação aos novos medicamentos, novas tecnologias, abordagem de novas patologias, portanto, com esse problema também da sustentabilidade do sistema.

VM – O que tem feito no sentido de contornar esses desafios?
JÁ – O que nós temos feito, é tentar fazer uma gestão rigorosa e fazer com que os diversos serviços tenham algum equilíbrio para poder dar respostas à população de forma global. Criar esse equilíbrio entre os diversos sectores de diversas áreas de prestação de cuidados de saúde.

VM – Costumam receber muitas reclamações dos vossos utentes?
JÁ – Sim. Há sempre, nós temos mais reclamações na área de atendimento, quer na consulta geral, quer no atendimento de urgência. São relacionadas mais com a lista de espera, com o tempo de espera das consultas e pontualmente também, muitas vezes, com a qualidade da intervenção dos cuidados de saúde.

VM – E qual o vosso posicionamento em relação a esse problema que se põe, do elevado tempo de espera?
JÁ – O problema que se põe do tempo de espera, não da lista de espera mas do tempo de espera de consulta, eventualmente nas urgências, advém do facto que muitas vezes temos de fazer uma triagem para saber quais os doentes que têm verdadeiras urgências ou não. Daí, os doentes que não têm urgências é que ficam à espera de muitas horas e isso cria alguma insatisfação da população.
O que nós estamos a fazer, por um lado é o reforço do pessoal médico e tentar criar condições para que esses doentes sejam atendidos o mais rápido possível noutra estrutura.
Também vamos criar um ponto de informação, outro ponto de atendimento e outro ponto de confirmação de consultas para ver se não há, portanto, grande concentração de utente e para que não haja um tempo de espera muito grande, evitando este descontentamento.

VM – Qual a mensagem que deixa para a população e nomeadamente para os leitores do Blog VIVI más?
JÁ – A mensagem que deixo é que nós estamos a trabalhar com muito esforço, com muita boa vontade e com muito rigor para que possamos ir dando respostas satisfatórias paulatinamente às demandas da população. Peço para confiarem na nossa equipa que nós iremos trabalhar, no sentido de dar respostas satisfatórias a esses constrangimentos.
 

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